Salario de executivos brasileiros teve alta de 42% em 2003

Salario de executivos brasileiros teve alta de 42% em 2003

Uma pesquisa realizada pelo jornal Valor mostra que a remuneração da elite dos executivos nacionais subiu 41,9% em 2003. A análise foi feita com base nos documentos enviados por 31 companhias brasileiras de grande porte à Securities and Exchange Comission (SEC), órgão que regula o mercado de capitais nos Estados Unidos.
A variação dos salários auferidos pelos administradores brasileiros é superior a registrada nas empresas americanas, que no ano passado foi de 9,1%. Dentre as empresas que mais bem remuneraram seus executivos, os bancos ocupam a primeira posição. Dois fatores explicam a alta dos salários em tempos de crise:

1) Lucro maior. Nas 31 companhias que foram alvo da pesquisa o lucro cresceu 163% em relação ao ano anterior
2) Fator talento. Em um período de dificuldades, talentos são valorizados. As grandes empresas aceitam pagar mais para retê-los.

http://vocesa.abril.com.br/aberto/meudinheiro/pgart_01_19072004_44278.shl

87% das pessoas empregadas estão insatisfeitas com seu trabalho.

“Nunca vi ninguém ser rebaixado, demitido ou preterido por causa da falta de competência técnica. Mas tenho visto muitas pessoas serem prejudicadas por causa de precariedade de julgamento e caráter”. – Warren Bennis

Já faz algum tempo que uma das maiores preocupações, no Brasil e em muitos países do mundo, é a possibilidade de demissão. Mesmo assim, estudos mostram que 87% das pessoas empregadas se dizem insatisfeitas com seu trabalho por várias razões: o chefe é um desastre, os colegas são perigosos, não vê seu valor reconhecido, qualificação profissional acima da necessária para a tarefa, etc. As pessoas querem ter liberdade para trabalhar e sentir que o que fazem é importante. Dois terços dos profissionais que se demitem o fazem de seus chefes, não da empresa em que trabalham. Nos últimos anos, saímos de um conjunto de práticas administrativas que tinha como modelo ser paternalista e, ao mesmo tempo, autoritária, mantendo o domínio sobre as pessoas e definindo o que ela achava melhor para elas. Agora, a responsabilidade está cada vez mais nas mãos dos próprios empregados. Antes, submissos, obedientes e disciplinados, hoje devem ser autônomos e empreendedores. Ainda existem dificuldades na consolidação dessa cultura, pois muitas empresas mantêm o papel de definir onde, como e no que o funcionário deve se desenvolver, muitas vezes desconsiderando o plano de carreira e de vida que a pessoa quer seguir. Além disso, milhões de reais investidos em consultoria, treinamento e desenvolvimento para seus funcionários acabam em verdadeiro desperdício de tempo e dinheiro porque apenas 10% das pessoas envolvidas mudam seus comportamentos. Mesmo em programas de qualidade, em que a melhoria dos processos é contínua, poucas pessoas levam esses princípios para a vida pessoal. Nesse contexto, o americano James Hunter – consultor, palestrante e autor do livro O Monge e o Executivo – propõe uma nova forma de liderança – a liderança servidora –, inspirada em Jesus Cristo. O autor define a liderança como a capacidade de influenciar pessoas, em que Jesus era imbatível. As pessoas devem seguir alguém por livre e espontânea vontade. Significa exercer a liderança por meio da autoridade, e não do poder. Usando o poder, obrigamos as pessoas a fazerem a nossa vontade, o que até funciona, mas, com o tempo, deteriora os relacionamentos. Eventualmente, um pai, por exemplo, precisa usar de poder para obrigar seu filho a estudar. Ter poder sobre as pessoas é diferente de ter autoridade sobre elas. Autoridade é a habilidade de conseguir que as outras pessoas aceitem de bom grado a nossa vontade, orientação e até determinação. No mundo corporativo, em que as pessoas buscam seu ganha-pão e, em alguns casos, a realização pessoal e profissional, 1) ninguém mais tolera gerentes ou chefes autoritários; 2) muitas empresas já reconhecem que os antigos métodos de comando e controle, na base do grito e da ameaça, não funcionam mais; e, 3) é preciso ver a liderança de forma diferente. Isso também vale, com muito mais razões, em clubes, igrejas, associações, ongs ou grupos de interesse, onde as pessoas participam porque gostam, para prestar algum serviço voluntário e até para aprender ou desenvolver alguma habilidade. Existem, ainda, pessoas – poucas, é verdade, e em extinção – que, agarradas ao poder contextual, se acham no direito de passar por cima de estatutos, de regulamentos, até de elementares noções de convivência civilizada. É uma das contradições que carregamos: gostamos de ser únicos e originais, mas não toleramos e nos sentimos ofendidos por manifestações, contrárias às nossas. Surpreende que até jovens, inclusive com formação superior, comunguem desse mesmo comportamento. O tempo da Páscoa, além de todas as lembranças e motivos religiosos e espirituais que possa despertar ou renovar em nós, pode permitir também o afastamento daquelas pedras de resistência aos novos valores e paradigmas, fazendo-nos sair da escuridão da tumba, onde deixamos as mágoas, os rancores, os ressentimentos, e tantas outras mazelas, e ressuscitamos para uma nova vida de realizações pessoais, profissionais, financeiras, sociais e espirituais.

Emprego ajuda a decidir carreira

Enviado pela psicopedagoga e aluna do curso de Formação em OP, Denise Azevedo Gomes Ferreira.

Folha de São Paulo, 01/05/2007 - São Paulo SP

Emprego ajuda a decidir carreira

Chance de errar na escolha da profissão é menor por causa do contato prévio com a rotina FERNANDA CALGARO DA REPORTAGEM LOCAL
O senso comum diz que a escolha da carreira acontece num momento em que a idéia ainda não está amadurecida o suficiente e houve pouco contato com a profissão. Certo? Nem sempre. Em muitos casos, essa ordem se inverte e é a vivência profissional que leva à decisão pelo curso. Ariane Paiva, 19, planejava ser engenheira química. Em 2005, quando estava no terceiro ano do ensino médio, porém, começou a ter aulas de violino -promovidas por uma ONG- no mesmo bairro onde mora, Guaianases (zona leste de SP). Mesmo após o final do curso, ela continuou fazendo parte da orquestra da ONG e começou a tocar em eventos e casamentos. Além dos cachês, a experiência lhe trouxe uma certeza: irá prestar música. "Eu me descobri na música. Antes não sabia nada, nem escala musical", conta Ariane. Desde o início do ano passado, ela faz cursinho pré-vestibular e se divide entre aulas particulares de violino e ensaios na orquestra da ONG e numa camerata. Informação - "As chances de errar na escolha da carreira são menores porque a pessoa conhece a dinâmica do dia-a-dia da profissão. Há menos possibilidades de se iludir", avalia Glaucia Santos, consultora de recursos humanos da Catho. "Quando se entra em contato com a prática, por menor que seja, isso dá uma noção dos problemas rotineiros do trabalho." No local de trabalho, o estudante pode aproveitar para conversar com os profissionais, trocar informações e consultar os livros disponíveis. Além disso, pode facilitar na hora de fazer o estágio obrigatório. "Dependendo da empresa, a pessoa pode tentar fazer o estágio ali mesmo durante a faculdade." Mas, se a vivência profissional pode ser um caminho para a decisão, isso não é o suficiente. "Percebemos que alguns jovens que optam pelo curso após um contato profissional têm uma segurança maior pela experiência que tiveram. Porém, é importante deixar claro que isso não basta para vir a ser um bom profissional e destacar-se no mercado de trabalho", explica a orientadora profissional Maria Ana Marabita, mestre na área pela Unicamp. Conhecer as próprias limitações e potencialidades é essencial para fazer uma escolha acertada. É importante também buscar por informações sobre a carreira. Palestras e visitas a universidades dão noções do curso. "Todo indivíduo deveria ser treinado ao longo de sua vida a fazer reflexões constantes sobre conhecer-se melhor, suas preferências em relação ao mundo escolar e social, atividades que lhe dão prazer", explica Maria Ana. Habilidades - A orientadora profissional recomenda que as pessoas que já têm a vivência profissional na área busquem cursos que agreguem técnicas, aumentem habilidades e auxiliem na prestação de serviços, sem deixar de lado a realização pessoal. "É preciso que haja uma parceria muita harmônica entre a experiência de trabalho e o curso a escolher." No caso da vestibulanda Adriana Ferreira da Cruz, 19, que irá prestar relações públicas, o emprego em telemarketing foi importante para tirar suas dúvidas. "Apesar de a carreira ser mais estratégia, no meu emprego também lidamos com a imagem da empresa e fidelizamos clientes", analisa. "Agora, estou bem focada no que eu quero. Gostei muito da área."


Corrigindo para valores de hoje, chegamos aos R$ 850 por uma jornada de 40 horas. Hoje, 39% dos professores recebem menos do que isso. Para professores em início de carreira, esse percentual chega a 55%

Médico e administrador são profissões mais bem pagas; veja ranking

Médico e administrador são profissões mais bem pagas; veja ranking
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JANAINA LAGEda Folha Onine, no Rio


Médicos e administradores estão no topo da lista de profissões mais bem pagas do país, de acordo com o estudo 'O Retorno da Educação no Mercado de Trabalho', divulgado hoje pela FGV (Fundação Getúlio Vargas).Os médicos com mestrado ou doutorado estão no topo da lista de chance de ocupação, com 93% de probabilidade de estar empregado. Esta categoria tem uma remuneração salarial média de R$ 8.966. Em compensação, os médicos também lideram a lista do número de horas trabalhadas por semana, com uma jornada média de 52,02 horas.Já os médicos com graduação tem um salário médio de R$ 6.705 e uma probabilidade de ocupação de 90%. No sentido oposto, os formados em teologia estão entre as piores colocações e em terceiro lugar na jornada de trabalho, com 49,03 horas semanais.Para saber a média salarial de sua profissão, já dividida por critérios de sexo, raça, idade e grau urbano, clique aqui. A FGV lembra, no entanto, que os salários do quadro são de 2000 e precisam ser multiplicados por 1,55 para se chegar aos valores atuais corrigidos pela inflação.Relação educação/salárioPara a FGV, a pesquisa comprova a relação direta entre escolaridade e remuneração. 'A hierarquia educacional se reflete na hierarquia dos resultados observados no mercado de trabalho, ou seja, aquele que estudou mais recebe salários mais altos e tem maiores chances de conseguir trabalho', afirmou o coordenador do estudo, o economista Marcelo Neri.Ele destaca que a pesquisa pode ser instrumento tanto do desenho de políticas públicas como para auxiliar a escolha do cidadão na hora de prestar vestibular ou escolher um curso de pós-graduação de acordo com o retorno que cada profissão pode oferecer.Veja abaixo os 40 primeiros da lista com os salários já atualizados:*Os salários incluem a renda de todos os trabalhos, ou seja, os dados incluem a renda de mais de um emprego de médicos ou advogados, por exemplo.

1- Medicina (mestrado ou doutorado)Salário médio: R$ 8.966,07
2- Administração (mestrado ou doutorado)Salário médio: R$ 8.012,10
3- Direito (mestrado ou doutorado)Salário médio: R$ 7.540,79
4- Ciências econômicas e contábeis (mestrado ou doutorado)Salário médio: R$ 7.085,24
5- Engenharia (mestrado ou doutorado)Salário médio: R$ 6.938,39
6- Medicina (graduação)Salário médio: R$ 6.705,82
7- Outros cursos de engenharia (graduação)Salário médio: R$ 6.141,05
8- Engenharia mecânica (graduação)Salário médio: R$ 5.576,49
9- Engenharia civil (graduação)Salário médio: R$ 5.476,85
10- Outros cursos de mestrado ou doutoradoSalário médio: R$ 5.439,32
11- Outros cursos de ciências exatas e tecnológicas, exclusive engenharia (mestrado ou doutorado)Salário médio: R$ 5.349,96
12- Geologia (graduação)Salário médio: R$ 5.285,77
13- Engenharia elétrica e eletrônica (graduação)Salário médio: R$5.231,07
14- MilitarSalário médio: R$ 5.039,14
15- Ciências agrárias (mestrado ou doutorado)Salário médio: R$ 5.028,37
16- Outros cursos de ciências biológicas e da saúde (mestrado ou doutorado)Salário médio: R$ 4.947,44
17- Engenharia química e industrial (graduação)Salário médio: R$ 4.844,92
18- Outros cursos de ciências humanas e sociais (mestrado ou doutorado)Salário médio: R$ 4.677,14
19- Direito (graduação)Salário médio: R$ 4.649,63
20- Ciências econômicas (graduação)Salário médio: R$ 4.644,67
21- Agronomia (graduação)Salário médio: R$ 4.356,56
22- Propaganda e marketing (graduação)Salário médio: R$ 4.199,05
23- Odontologia (graduação)Salário médio: R$ 4.075,63
24- Administração (graduação)Salário médio: R$ 4.006,61
25- Outros cursos de ciências exatas e tecnológicas, exclusive engenharia (graduação)Salário médio: R$ 3.949,86
26- Curso superior de mestrado ou doutorado (ainda não concluído)Salário médio: R$ 3.928,07
27- Letras e artes (mestrado ou doutorado)Salário médio: R$ 3.864,82
28- Estatística (graduação)Salário médio: R$ 3.846,21
29- Arquitetura e urbanismo (graduação)Salário médio: R$ 3.835,08
30- Medicina veterinária (graduação)Salário médio: R$ 3.758,94
31- Física (graduação)Salário médio: R$ 3.516,52
32- Química (graduação)Salário médio: R$ 3.516,52
33- Comunicação social (graduação)Salário médio: R$ 3.435,09
34- Formação de professores de disciplinas especiais (graduação)Salário médio: R$ 3.408,60
35- Farmácia (graduação)Salário médio: R$ 3.381,98
36- Ciências da computação (graduação)Salário médio: R$ 3.325,40
37- Outros de ciências agrárias (graduação)Salário médio: R$ 3.278,04
38- Pedagogia (mestrado ou doutorado)Salário médio: R$ 3.219,14
39- Ciências contábeis e atuariais (graduação)Salário médio: R$ 3.105,60
40- Outros de ciências humanas e sociais (graduação)Salário médio: R$ 3.099,10

http://www1.folha.uol.com.br/folha/dinheiro/ult91u102234.shtml