Diploma e monopólio

Ponto de vista:
Claudio de Moura Castro

Diploma e monopólio

"Os pobres com pouco estudo devemcompetir pelos empregos que o mercadooferece. Mas para quem tem curso universitárioo mercado é protegido por lei"

Faz quase dois séculos que foram fundadas escolas de direito e medicina no Brasil. É embaraçoso verificar que ainda não foram resolvidos os enguiços entre diplomas e carreiras. Falta-nos descobrir que a concorrência (sob um bom marco regulatório) promove o interesse da sociedade e que o monopólio só é bom para quem o detém. Não fora essa ignorância, como explicar a avalanche de leis que protegem monopólios espúrios para o exercício profissional?

Desde a criação dos primeiros cursos de direito, os graduados apenas ocasionalmente exercem a profissão. Em sua maioria, sempre ocuparam postos de destaque na política e no mundo dos negócios. Nos dias de hoje, nem 20% advogam.

Mas continua havendo boas razões para estudar direito, pois esse é um curso no qual se exercita lógica rigorosa, se lê e se escreve bastante. Torna os graduados mais cultos e socialmente mais produtivos do que se não houvessem feito o curso. Se aprendem pouco, paciência, a culpa é mais da fragilidade do ensino básico do que das faculdades. Diante dessa polivalência do curso de direito, os exames da OAB são uma solução brilhante. Aqueles que defenderão clientes nos tribunais devem demonstrar nessa prova um mínimo de conhecimento. Mas, como os cursos são também úteis para quem não fez o exame da Ordem ou não foi bem-sucedido na prova, abrir e fechar cursos de "formação geral" é assunto do MEC, não da OAB. A interferência das corporações não passa de uma prática monopolista e ilegal em outros ramos da economia. Questionamos também se uma corporação profissional deve ter carta-branca para determinar a dificuldade das provas, pois essa é também uma forma de limitar a concorrência – mas trata-se aí de uma questão secundária.

A medicina é uma carreira estritamente profissional, não prepara para outras funções. O custo de estudá-la é quatro vezes maior do que o custo de estudar direito. E pior do que no direito são as conseqüências dramáticas dos erros. Portanto, garantir qualidade na formação de todos os médicos é do mais legítimo interesse social. É lamentável que as associações médicas demonstrem uma atitude tão tíbia diante de faculdades fracas. Pior, a lista de punições para erros médicos é embaraçosamente curta.

A melhor solução está aí para todos verem: as provas da OAB, os exames para exercer medicina nos Estados Unidos e, agora, iniciativas semelhantes em São Paulo. Ademais, os médicos, como os pilotos de avião, deveriam passar em provas periódicas, para demonstrar sua atualização. Querer proibir a abertura de cursos não passa de uma tentativa de reduzir a oferta de médicos, sem melhorar a qualidade dos que aí estão. Ao desdenharem dos exames e reivindicarem um ferrolho nas faculdades, as associações mostram à sociedade que prezam mais seus salários do que a saúde da população. O correto seria a liberdade de abrir cursos, seguida de uma prova individual rígida. Como acontece em outros países, só quem varasse esse ferrolho poderia exercer a medicina.

Resta mencionar os cursos de administração, outra formação clássica de cultura geral. Por que exigir diplomas para o exercício profissional? Nos Estados Unidos, onde nasceram tais cursos, não há nenhuma exigência de diploma. Além disso, as melhores universidades não oferecem administração no nível de bacharelado. Na Alemanha, praticamente, não há formação em administração de empresas. Não consta que esses países padeçam de incompetência crônica na gestão dos seus negócios. É mais uma profissão se locupletando dos monopólios conferidos por leis passadas sorrateiramente no Congresso. Jornalismo é um caso até mais absurdo de monopólio dos diplomas. Menos mal que uma lei semelhante para bacharéis de astrologia não foi aprovada.

É no mínimo um passo atrás que o MEC haja cedido às pressões dos médicos e advogados para exercer legalmente o seu pseudodireito de vetar a abertura de novos cursos. Erro do MEC? Não, da sociedade brasileira, que assiste passivamente a tais tentativas de cercear a concorrência. Os pobres com pouco estudo devem competir pelos empregos que o mercado oferece. Mas para quem tem curso universitário o mercado é protegido por lei.

Claudio de Moura Castro é economista

(Claudio&Moura&Castro@attglobal.net)

fonte- veja edição 1998 ano 40 nº 9

A hora da escolha

A hora da escolha
Dinheiro, sucesso e satisfação pessoal são conseqüências para quem ama o que faz
Há um momento crucial na vida de todos aqueles que seguirão os estudos após concluir o segundo grau: que profissão escolher? Quem não tem a sorte de decidir, desde cedo, que vai ser médico, engenheiro ou advogado, quando crescer vai enfrentar longos meses ou até anos de angústia antes de tomar uma decisão que afetará o resto de sua vida. Seguir os rumos do pai, da mãe e escolher a mesma profissão ou ouvir a voz da intuição quando esta aponta para alguma aptidão? E quando essa “voz” não diz nada e aproxima-se o dia de inscrição para o vestibular? Conselho de quem chegou lá e é hoje exemplo de profissional bem-sucedido: na dúvida, opte sempre pela profissão que lhe atrai. Dinheiro, sucesso e satisfação pessoal são conseqüências para quem faz o que gosta e ama o que faz. A capacidade de ouvir e contar histórias foi o que definiu a escolha profissional de Mariana Godoy, jornalista e apresentadora do SPTV, da Rede Globo. Há 17 anos na profissão, Mariana tem uma receita para quem quer seguir essa carreira: “Jornalismo, além de profissão, é uma opção de vida. É uma profissão que exige demais e a opção deve ser feita pela paixão de ouvir e saber contar histórias e não pela vaidade.” Desde cedo, ela sabia que seu futuro profissional estava ligado à área de Humanas: “Mas a paixão pelo jornalismo nasceu do fato de eu ser muito xereta, muito curiosa, perguntar sempre muito sobre tudo e principalmente pelo meu fascínio em ouvir histórias. A pergunta que eu me fazia era se conseguiria contar essas histórias de forma fiel, sem colocar minhas opiniões e sem distorção. Porque se a preocupação ética deve estar presente em toda profissão, na nossa, então, é fundamental”, comenta a jornalista. Filha de advogado e professora, Mariana diz que não sofreu qualquer influência paterna na escolha da profissão. “A influência, na verdade, existiu, mas veio de fora. Eu era muito, muito fã da Paula Saldanha [jornalista que na década de 70 apresentava o primeiro noticiário para crianças e adolescentes da TV brasileira, o Globinho]. Foi por causa da Paula Saldanha que me interessei por jornalismo”, conta Mariana Godoy. Em relação aos conselhos dos pais, Mariana faz questão de destacar que sempre foi incentivada a procurar a profissão que lhe desse prazer e realização. “Os valores que eles me passaram foi o de estar bem e realizada com o meu trabalho e não ter um diploma que pudesse irrigar minha conta bancária.”Para Mariana Godoy, mais importante do que ter vários diplomas e certificados de cursos pendurados na parede é ter uma sólida formação cultural. “Sempre viajei muito. Fui várias vezes para a Europa com uma mochila nas costas, com pouco dinheiro, mas com muita disposição para aprender, visitar museus e conhecer outras culturas. A formação, a bagagem cultural é fundamental para um jornalista.” Uma exigência fundamental nesse meio é o aprendizado de idiomas. Ela própria fala inglês, francês, espanhol e italiano. “Saber outras línguas faz parte dessa preocupação com a formação e com a bagagem cultural. Além de preparar para entrevistar grandes personagens, dá acesso ao que é produzido em todo o mundo.” O jornalista e âncora do programa Roda Viva, da TV Cultura de São Paulo, Paulo Markun, é um exemplo de profissional bem- sucedido que só descobriu o que queria fazer depois de percorrer um longo caminho de dúvidas, incertezas e conclusões equivocadas. “Aos 15 anos fiz um teste vocacional e, depois de uma longa bateria de entrevistas, a orientadora disse que eu poderia seguir diversas profissões na área de Humanas. História, principalmente. Ela disse que estava surgindo um curso novo, com várias alternativas que poderiam ser interessantes. Era a Escola de Comunicações e Artes [ECA], da USP”, lembra Markun. O jornalista conta que não levou o conselho muito a sério na hora de se inscrever para o vestibular. “Tanto que resolvi fazer o curso de Arquitetura, porque cresci na casa de um famoso arquiteto, o Villanova Artigas, e achei que essa seria minha vocação.” Markun fez cursinho e, depois de um desempenho pouco satisfatório num provão, percebeu que não tinha a menor aptidão nas matérias que seriam chave para Arquitetura. Deu uma guinada e resolveu seguir o que o teste vocacional sugeria. “Fui aprovado no vestibular para a ECA e no primeiro ano de curso comecei a trabalhar no Diário do Comércio e Indústria, em seguida fui para O Estado de S.Paulo”, lembra o jornalista. Contar todo o esforço que esse jornalista colocou na construção de sua carreira consumiria uma boa quantidade de papel. Mas para ilustrar é bom lembrar que ele foi um dos principais repórteres da TV Globo na década de 80 e 90. A dica de Markun para quem vai escolher a profissão: “A indecisão é natural, mas pode se tornar uma muleta e uma justificativa para quem pretende continuar na vida a passeio. Minha família teve a grandeza de me deixar escolher o que queria fazer.” Muitas vezes a influência da família não ocorre por pressão direta dos pais. “Por ter pais médicos, até os 15 anos eu seria médica. Mas num certo momento percebi que daria uma má médica, então fiquei um pouco insegura. Como sempre gostei muito da área internacional, fiz Relações Internacionais e, como complemento, estudei História. O que pesou no meu caso foi a aptidão”, resume Denise Hamu, diretora-geral no Brasil do World Wildlife Foundation (WWF), uma das mais importantes entidades de preservação ambiental do mundo. Denise apostou muito na carreira profissional. É formada pela Universidade de Brasília, fez mestrado pela George Washington University, de Washington, nos Estados Unidos, fala inglês, francês e espanhol e tem um diploma em Administração de Projetos pela Escola Brasileira de Administração Pública da Fundação Getúlio Vargas, do Rio de Janeiro. Apesar de tanto empenho e do alto investimento que fez, a diretora do WWF-Brasil ressalva que só se é bom profissional quando se acredita no que faz. “No momento de escolher uma profissão, o que deve preponderar é a aptidão e correr atrás do sonho. Acho que a pessoa não pode escolher algo só porque está na moda. O mundo hoje comporta muitos tipos de profissional e é preciso ter bagagem. Sei que a realidade é difícil às vezes, mas não se pode ficar preso só à perspectiva de um bom salário. Isso vem.”Para Denise Hamu, a receita para uma carreira profissional bem-sucedida inclui paixão e transparência nos atos, além de uma formação sólida – “não só na escola; a bagagem tem de ser colhida ao longo do caminho”, diz ela, acrescentando que “ninguém se torna bom profissional de um dia para o outro. Depois que você se forma, não termina sua educação. É preciso buscar sempre outros conhecimentos e se manter atualizada”. À frente de uma instituição do porte e da responsabilidade do WWF, Denise diz que a área ambiental abriga multidisciplinas. A profissional pode ser advogada, bióloga ou ter especialização em política pública. Há espaço para muitos tipos de pessoas e de profissões. “A convivência com diferentes profissionais resulta em relacionamento de troca, especialmente numa equipe multidisciplinar. No WWF-Brasil estamos construindo uma equipe assim, em que as diferentes áreas se complementam.”
Influência do paiO atual vice-presidente e diretor de telecomunicações do grupo Siemens, Aluízio Byrro, iniciou sua trajetória num dos maiores conglomerados mundiais do setor de bens de consumo como estagiário de engenharia. A opção pelo curso, diz ele, teve influência direta do pai. “Desde a época do curso científico tive interesse em estudar Engenharia e já na universidade optei por telecomunicações”, conta Byrro. Depois de formado, em 1972, foi para Munique atuar na área de transmissão em telecomunicações e desde então passou por diversas áreas e funções no Brasil e na Alemanha, onde fica a sede mundial da Siemens. Embora reconheça a influência paterna em sua escolha profissional, Byrro ressalta que o mais importante na hora de optar pela carreira é avaliar a vocação. “Para mim, o sucesso profissional está diretamente associado com a seguinte premissa: é importante fazer aquilo de que se gosta porque é muito difícil fazer bem- feito aquilo de que não se gosta.” Segundo o executivo, se a pessoa realmente tem interesse e talento para atuar em determinada área, deve focar os esforços nessa direção. Para quem está em dúvida, o vice-presidente da Siemens recomenda buscar apoio em testes vocacionais. Outro recurso importante no momento da decisão é procurar a orientação das pessoas do círculo familiar e de amigos. Byrro sugere ainda que o jovem visite as empresas nas quais tem interesse em trabalhar e converse com profissionais da área para formar uma idéia real do mercado. Receita de sucesso Byrro não tem. Mas considera que uma carreira bem-sucedida é baseada em um conjunto de aptidões e predicados que a pessoa precisa ter. “Isso porque a competição é extremamente dura nos dias de hoje, seja lá qual for a área de atuação. “Na minha opinião, para ser bem-sucedido na vida profissional, antes de tudo é preciso ter as competências inerentes à profissão escolhida. Ser competente, se atualizar constantemente, ter tido uma boa formação de forma geral são condições básicas para um bom desempenho profissional”, assegura. Outros requisitos indicados pelo vice-presidente da Siemens é ter espírito empreendedor e disposição para o trabalho, em qualquer situação. Além disso, diz ele, são necessárias outras aptidões como gostar e ter entusiasmo pelo que faz. Espírito de liderança é também uma competência absolutamente imprescindível. “Eu costumo dizer, e isso pode causar surpresa, que as pessoas que querem ter sucesso na carreira precisam ter dois sentimentos importantes: ambição e vaidade. O segredo é dominar esses sentimentos e não deixar que eles dominem você.”

http://www.guiadeprofissoes.com.br

“ Puxou o Pai “

“ Puxou o Pai “

Diretoria Geral de Recursos Humanos - DGRH
Órgão da Pró-Reitoria de Desenvolvimento Universitário - UNICAMP
http://www.dgrh.unicamp.br/noticia.shtml?idNoticia=741


"Puxou o pai". Quem já não ouviu essa frase e outras tantas muito parecidas, como "Tem o gênio da mãe" ou "É agitado como o pai quando era criança"? Esse tipo de observação sobre os comportamentos infantis dá a impressão de que eles são traços genéticos, assim como as características físicas. Uma frase como "tem o gênio da mãe" se parece com aqueles comentários sobre os recém-nascidos: tem os olhos da avó, o queixo da mãe, o olhar do tio...
Uma análise mais detalhada, porém, vai mostrar que, em geral, as semelhanças de comportamento entre pais e filhos são muito mais fruto da convivência do que da genética. A influência dos pais e pessoas que cercam a criança ocorre de forma natural e, geralmente, inconsciente. Os adultos são modelos de comportamento, e a forma como agem diante de situações prazerosas ou dificuldades é um referencial fundamental para a formação das crianças.
Quantas vezes não nos surpreendemos ao nos enxergarmos no comportamento dos filhos? A situação deixa de ser natural e passa a ser problemática quando os pais tentam fazer dos filhos uma continuação, ou uma reviravolta, da própria vida. Nesses casos, os adultos deixam de ser modelos para se tornarem uma espécie de ditadores do destino de suas crianças e adolescentes. Com as justificativas mais variadas ("Eu sei o que é melhor para meu filho" ou "Meu filho não vai precisar passar por tudo o que passei"), tentam controlar o presente e o futuro da prole como uma forma de resolver as próprias frustrações ou realizar seus sonhos.
Os exemplos são comuns: pais que querem escolher a carreira dos filhos, muitas vezes aquela que eles gostariam de ter seguido; tentativas de interferir no namoro baseadas em julgamentos sobre o tipo certo ou errado de homem ou de mulher; supervisão constante e exagerada sobre a
forma física dos filhos, que revela os próprios ideais de beleza e juventude.
Por trás dessas atitudes, esconde-se a dificuldade de lidar com questões mal resolvidas em suas próprias histórias. A falta de coragem e ousadia para tomar essa ou aquela atitude quando eram jovens se repete no presente, quando tentam se realizar pelos filhos em vez de se dar a chance de retomar a própria vida. Por não resolverem os próprios problemas, esses pais, mesmo sem sentir; muitas vezes, acabam criando ou alimentando sentimentos de insegurança ou baixa auto-estima nos filhos, entre outras dificuldades.
Um exemplo pode tornar isso mais claro. Imagine um pai ou uma mãe que tenta "influenciar" o filho adolescente a seguir determinada carreira. Nessa situação, é muito comum desqualificar a escolha do filho com frases como: "Isso não dá dinheiro", "O mercado está saturado desse tipo de profissional" ou "No futuro você vai me agradecer por não ter deixado você seguir essa bobagem". Esse tipo de comentário pode minar a confiança do adolescente na sua capacidade de julgamento, ainda mais nessa fase de tantas incertezas. O medo de não se dar bem em outra profissão que não a escolhida pelos pais e as ameaças veladas para a desobediência podem falar mais alto na hora da escolha e fazer com que acabe se ajustando a sonhos que não são seus.
É claro que todos nós fazemos planos e temos sonhos para nossos filhos. O importante é aceitar que nem todos vão se concretizar e talvez nem sejam, necessariamente, o melhor para eles. Um dos grandes desafios da relação entre pais e filhos é aprender a respeitar as diferenças.
Ajudar um filho a crescer e amadurecer também implica aceitar que ele tem seus próprios desejos, que podem diferir muito dos nossos. Essa atitude pode ser um grande aprendizado para o adulto, mas é mais importante ainda para a criança e o adolescente, que aprendem a confiar em si mesmos e a lidar com as dificuldades e as delícias de construir o próprio destino.


Enviado pela professora do curso de FORMAÇÃO EM OP do GRUPO ORIENTANDO,
Helenice Feijó de Carvalho.

Até 75% dos britânicos estão na profissão errada, diz pesquisa

Até 75% dos britânicos estão na profissão errada, diz pesquisa

Até 75% dos britânicos podem estar na profissão errada porque não conhecem suas próprias personalidades, concluiu um levantamento feito na internet por uma empresa seguradora.Cerca de 2 mil internautas fizeram um teste em que tinham que escolher com que figura se identificavam: triângulo, quadrado, curvado ou círculo. Depois, eles escolhiam uma cor. Isso levava a uma análise do perfil de cada um e a profissão exercida.
"A pesquisa descobriu que mais de 21 milhões de pessoas podem ser quadrados dentro de círculos ou triângulos tentando se encaixar no papel de um curvado", diz o texto.
De acordo com a pesquisa da empresa Bupa, 40% dos banqueiros e contadores foram identificados como pessoas carinhosas, orientadas por círculos ao invés de quadrados - organizados, analíticos e confiáveis.

Cerca de 2 mil internautas
fizeram o teste de personalidade

Triângulos

Já aquelas que trabalham em artes foram analisadas como sendo fortes e líderes, orientadas por triângulos. A criatividade, no entanto, é uma característica da figura curvada. Apenas 6% identificaram-se com esse formato.
Somente 10% dos políticos e funcionários públicos demonstraram ter habilidade
para lidar com o público – perfil dos quadrados.
A pesquisa apontou que, nacionalmente, 33% das pessoas se identificaram como círculos, sendo amáveis e amigáveis, e 32% se descreveu como triângulos, ou seja, mais ambiciosas.
"É importante entender nossas personalidades individuais a fim de encontrar a combinação certa. Não fazê-lo significa que você pode passar uma grande parte da vida se sentindo como um quadrado em um círculo", disse o psicólogo Aric Sigman, que fez a análise dos dados.
"Como esta pesquisa mostra, a maioria das pessoas simplesmente não se conhecem muito bem. Não é de admirar que recentes estatísticas do governo mostrem que apenas 17% das pessoas nunca se sentem estressadas no trabalho."

Fonte:http://www.bbc.co.uk/portuguese/reporterbbc/story/2007/03/070329_pesquisabupa_as.shtml

IBGE APRESENTA FUTURO NEGRO PARA A PREVIDÊNCIA

IBGE APRESENTA FUTURO NEGRO PARA A PREVIDÊNCIA

As projeções apresentadas pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) na primeira reunião do Fórum Nacional da Previdência Social mostram que o modelo atual não se sustenta no longo prazo. O IBGE estima que em 2050, para cada pessoa com mais de 65 anos, haverá apenas três em idade produtiva, isto é, com condições de contribuir para o INSS. Hoje, essa relação é de dez pessoas para cada idoso. Além disso, dentro de 43 anos, para cada pessoa que estiver chegando aos 65 anos, haverá apenas uma completando 15 anos e entrando na idade produtiva, conforme dados apresentados na quarta-feira no Fórum Nacional de Previdência Social. Para ter uma idéia, a população com 60 anos ou mais, que hoje é de 17 milhões de pessoas, será de 64 milhões em 2050. Aqueles com 80 anos ou mais, que são apenas 2,3 milhões hoje, serão 13,7 milhões. Isso equivale à população de Estados como Bahia e Paraná, segundo os dados do IBGE. Combinados, esse acentuado processo de envelhecimento, que aumentará o número de aposentadorias, e o crescimento muito menor da população em idade para entrar no mercado de trabalho e recolher as contribuições que financiam as aposentadorias e pensões, exigirão mudanças nas regras das aposentadorias. O aumento da informalidade é outro problema que afetará as contas da Previdência. Ana Amélia Camarano, pesquisadora do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), que também fez uma exposição sobre as mudanças na população nos próximos anos, considera esse um problema ainda mais grave do que o envelhecimento. Segundo ela, apenas 45,5% dos homens entre 40 e 60 anos pagam contribuições à Previdência. Na prática, isso significa que mais da metade dos homens nessa faixa não terá direito de requerer aposentadoria depois que parar de trabalhar. Essas pessoas terão de receber benefícios assistenciais do governo, ou vão piorar muito sua qualidade de vida. A pesquisadora propõe mudanças como a criação de uma idade mínima para a aposentadoria, a impossibilidade de acúmulo das pensões por morte e aposentadorias, além de mudanças nas regras para as mulheres, que hoje se aposentam com menos tempo de contribuição (30 anos) que os homens (35 anos).

fonte
http://www.videversus.com.br/default.asp?idcoluna=665#NOT13620

FACULDADE

Mais de 1,5 milhão de jovens brasileiros começam neste mês a derradeira etapa de sua educação. Meus parabéns! O grande problema que vocês vão enfrentar é que o conhecimento humano está dobrando a cada nove meses. Seguindo esse raciocínio, dois anos depois de formados, entre 60% e 80% de tudo o que vocês aprenderam estará obsoleto, dependendo da profissão. Isso se seus professores ensinarem o que há de mais novo em sua especialidade, o que nem sempre acontecerá.

Vocês provavelmente encontrarão três tipos de professor. Os ultraconservadores, que ainda ensinam "conhecimentos" de 1880. Na realidade, dogmas de um mundo que não existe mais. Percebam como vocês encontrarão muito poucos professores que se definem como neoliberais, neomarxistas, neofreudianos ou neo alguma coisa. Neo significa novo. No fundo, não são progressistas como dizem, mas ultraconservadores. Acham que o mundo não mudou ou então pararam no tempo, como todo conservador.

Outro grupo de professores é o dos enganadores, aqueles que não se atualizam e dão aulas mesmo assim. Não se reciclam há anos, ensinam o que era novo dez anos atrás. Ou, pior, ensinam as mesmas coisas que eles próprios aprenderam quando estudavam. Se tiverem sorte, vocês também encontrarão um pequeno grupo de professores criativos e visionários, que criam e mostram como será o mundo de amanhã. São eles que vão inspirá-los a tentar fazer o que ninguém fez antes, são eles também que inspiraram quase todos os jovens que inventaram esses sites na internet.

O que muitos de seus professores ainda não perceberam é que o conceito de conhecimento humano mudou. Não existe mais o conhecimento perene, guardado a sete chaves, restrito às "lides acadêmicas". As universidades não são mais as "casas do saber", as "catedrais do conhecimento", como muitas se autodefinem. Hoje, o conhecimento humano é de curta duração, poderíamos até dizer descartável, usado duas ou três vezes e jogado fora, quando não faz mais sentido guardá-lo. Isso os obrigará a repensar e a gerar novo conhecimento, porque provavelmente o futuro precisará de soluções nunca vistas.

Estou exagerando um pouco para que vocês entendam aonde quero chegar. O importante é vocês aprenderem a criar conhecimento, e não somente a usar o conhecimento do passado. Eu utilizo o termo administrativo "conhecimento just in time". Vocês terão muitos problemas a resolver, e terão de saber como analisá-los, gerando uma solução ou "conhecimento" apropriado, que não necessariamente servirá para o resto da vida. Daqui a alguns anos, a situação será outra, requerendo nova análise e solução.

Que algumas coisas são perenes, como 2 + 2 = 4 e muitas leis da física, não há a menor dúvida. Mas o que estou sugerindo é que vocês tomem o cuidado de sempre questionar seus professores, para se certificar de que o conhecimento do passado será de fato útil no futuro. Max Weber, Keynes e Freud escreveriam a mesma coisa se estivessem vivos hoje? É isso que vocês precisam descobrir. Até pode ser que sim, mas é melhor desconfiar sempre.

O que eu peço a vocês, calouros de 2007, é que se concentrem em como gerar conhecimento. Como observar, como identificar variáveis relevantes, os personagens vitais do problema e os interesses. Como analisar alternativas e tomar decisões. Usei muito pouco das teorias que me ensinaram na faculdade. Meu sucesso profissional foi devido muito mais ao conhecimento que eu próprio gerei, que eu mesmo criei, do que às teorias e técnicas que mal me ensinaram.

A "faculdade" que vocês precisam adquirir é a da criação, da criatividade, da geração de conhecimento, e não a da erudição, do academicismo ou a da decoreba que se alastra pelo país.

Infelizmente, vocês terão de agradar aos dois primeiros tipos de professor repetindo o passado que eles querem ouvir, senão não serão aprovados. Mas aproveitem os próximos quatro ou cinco anos procurando e prestigiando os professores criativos, aqueles que de fato pesquisam o futuro e não somente o passado, e juntos criem o conhecimento para resolver os problemas atuais do Brasil, e mandem-nos para mim ou coloquem na internet. Saibam distinguir quem é quem, e boa sorte!

Stephen Kanitz é formado pela Harvard Business School (http://www.kanitz.com.br/)
Revista Veja, Editora Abril, edição 1996, ano 40, nº 7, 21 de fevereiro de 2007 página 18

Tecnologias de Informação trazem mudanças nos postos de trabalho

Tecnologias de Informação trazem mudanças nos postos de trabalho


Pela definição conceitual, uma "revolução" se dá quando são observadas transformações radicais de âmbito econômico, social, político, artístico e científico. A Primeira Revolução Industrial aconteceu entre 1760 e 1850 e teve como protagonista a Inglaterra, grande produtor mundial de algodão. Com a introdução do vapor usado como fonte de energia nas máquinas e locomotivas, o país deu início à automação da produção de tecidos e de outros produtos, antes feitos à mão, e agilizou o sistema de transportes de pessoas e de mercadorias com a introdução das linhas férreas.


De acordo com Fernando Teixeira, pesquisador e professor da Universidade Metodista (Unimep), a Inglaterra era o único país que, naquele momento, estava em condições de exercer esse papel na economia mundial, pois havia passado por uma revolução burguesa, no século anterior, que criou condições favoráveis ao desenvolvimento do capitalismo. "Havia uma política protecionista que tornou o comércio externo superior ao consumo doméstico. As leis voltadas às demandas capitalistas, os cercamentos de terras sem obstáculos e o domínio colonial foram alguns dos vários fatores que colocaram a Inglaterra em condições de liderar a Europa a partir do final do século XVII", afirma Teixeira.

A Segunda Revolução Industrial teve início em 1860 e gerou mudanças no processo de industrialização que se estenderam até o início da Primeira Guerra Mundial. Com o surgimento da eletricidade, a produção em série nas linhas de montagem proposta por Henry Ford (conhecida como "fordismo") e o método de administração científica baseada no conhecimento de Frederick Taylor ("taylorismo"), a produção industrial ganha um novo ritmo. O protagonista da Segunda Revolução Industrial passa a ser os EUA que, às vésperas da Primeira Guerra, detinham 40% do PIB dos países desenvolvidos.

Terceira Revolução

Recentemente, na década de 1990, alguns autores afirmaram que estávamos vivendo uma Terceira Revolução Industrial, impulsionada, do ponto de vista tecnológico, pelo surgimento de novas Tecnologias de Informação (TIs) e pelo advento da eletrônica, em substituição à eletro-mecânica, no setor industrial. O conceito ainda é polêmico e divide a academia. Mesmo assim, há um consenso: as TIs têm causado profundas transformações na organização do trabalho em todo o mundo.

"Trata-se de um processo, é preciso tempo para avaliar se o atual momento histórico poderá ser chamado de Terceira Revolução Industrial", afirma Sérgio Queiroz, pesquisador e professor do Departamento de Política Científica e Tecnológica (DPCT), da Unicamp. Para ele, é difícil definir se as mudanças trazidas com as TIs podem ter provocado uma nova "revolução industrial", já que, em alguns setores, não houve mudanças "radicais". É o caso dos meios de transporte, que são os mesmos da Segunda Revolução Industrial com tecnologia aprimorada, e dos meios de produção, ainda baseados na automação, que deixou de ser repetitiva para ser programada pelo computador.

Além disso, diferentemente dos processos ocorridos nos séculos XVIII e XIX, atualmente não há um país protagonista. "Pode-se pensar no Japão e na China, que estão crescendo em ritmo acelerado. Mas eles não estão ditando as regras da produção atual, como aconteceu anteriormente com a Inglaterra, na primeira revolução, e com os Estados Unidos, na segunda", afirma Queiroz.

Para Teixeira, durante o período inicial da industrialização, as técnicas primitivas de produção poderiam resultar em grande produtividade. Atualmente, no conceito de Terceira Revolução Industrial, isso já não é mais possível devido às exigências da produção de bens de capital, em termos científicos e tecnológicos. "A diferença mais surpreendente entre a Terceira Revolução Industrial e as duas anteriores é a possibilidade de uma produção descentralizada, em que os componentes de um determinado produto podem ser fabricados em diferentes lugares. O mundo globalizado diminui tempo e distância em escala jamais alcançada, o que deve ser atribuído à aceleração do ritmo dos transportes de mercadorias e da informação", afirma.

A idéia de Terceira Revolução Industrial é caracterizada por uma redução expressiva dos custos de produção e de preço dos produtos automatizados, e pela aceleração do ritmo de produção. "Dos anos 80 para cá, os computadores tiveram uma queda de preços de cerca de 20% ao ano", afirma Fernando Mattos, professor da pós-graduação em Ciência da Informação e do Centro de Economia e Administração da PUC de Campinas. Para o pesquisador, as Tecnologias de Informação provocaram, também, uma redefinição das dimensões de espaço e de tempo. "O fluxo das informações passou a ser quase instantâneo e, assim, as distâncias ficam encurtadas", explica.

No Brasil, o total empregado no Setor de Informação ainda é baixo se comparado aos países desenvolvidos. O setor concentra cerca de 18% da mão-de-obra empregada, que se apropria de mais de 37% da massa de rendimentos. Além do maior nível de renda, uma média de 54% dos trabalhadores do setor têm carteira assinada (contra 35% da média nacional) e aproximadamente 40% deles têm curso superior (contra 20% da média nacional).

Tecnologia X postos de trabalho

O advento das TIs e o aumento da importância do complexo eletrônico no processo industrial causaram uma mudança nos postos de trabalho, marcada pela redução do número de trabalhadores com atividades operacionais e pelo surgimento de vagas voltadas para os profissionais responsáveis pelo gerenciamento e pela coordenação da produção. "Há uma necessidade de maior qualificação para ocupar os postos de trabalho que lidam com as TIs. O trabalho intelectual passou a ter uma importância maior nesse setor específico", explica Mattos.

A diminuição de determinados postos de trabalho e o surgimento de outros é, para Queiroz, uma característica do capitalismo e foi observada também na Primeira e na Segunda Revolução Industrial. "A produção está cada vez mais mecanizada, o que exige menos trabalhadores lidando diretamente com as máquinas", afirma.

"Há uma tendência para se tentar justificar o desemprego macro-econômico pelas inovações tecnológicas", explica Mattos, que acredita que problemas sociais da atualidade, como o desemprego, devem-se ao baixo crescimento das economias dos países, e não às novas tecnologias. "Tecnologias sempre foram criadas. As que tanto nos fascinam hoje têm um efeito menor do que tiveram as indústrias química e petroquímica nos anos 50 e 60. A globalização está acentuando as diferenças entre os países e a concentração de renda, mas isso não é uma questão tecnológica", conclui o pesquisador.

Para Teixeira, a força de trabalho no Setor de Informação tem sido cada vez menos necessária, mas a questão do trabalho não deve ser limitada aos efeitos da automação. "A atual competitividade internacional e as políticas de corte neoliberal favorecem iniciativas empresariais de flexibilização da força de trabalho. É com a insegurança estrutural e permanente do emprego que se pode, com certa tranqüilidade, oferecer trabalho com salários mais baixos", complementa Teixeira.

A atual insegurança no trabalho é abordada por David Harvey, em A condição pós-moderna. Para Harvey, a força de trabalho está enfraquecida devido ao alto desemprego, à competição do mercado e à redução da força sindical, o que facilita o controle por parte dos empregadores. Assim, os trabalhos em tempo integral e com segurança (como carteira de trabalho) tendem a se reduzir, ao passo que postos de trabalho flexíveis e autônomos - que criam uma insatisfação coletiva - tendem a aumentar.

Referências Bibliográficas
- A condição pós-moderna: uma pesquisa sobre as origens da mudança cultural. David HARVEY,SP, Ed. Loyola, 2003, 12ª ed.
-Da sociedade pós-industrial à pós-moderna. Novas teorias sobre o mundo contemporâneo. Krishan KUMAR. RJ, Jorge Zahar Editor, 1997.
-A nova estratégia industrial e tecnológica: o Brasil e o mundo na III Revolução Industrial. Fórum Nacional - Idéias para a modernização do Brasil. SP, Ed. José Olympio, 1990.

Enviado pela psicóloga e aluna do curso de Formação em OP:
FERNANDA MACHADO MACIEL


Fonte:
http://www.comciencia.br/200405/reportagens/02.shtml

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