Psicólogo na educ. básica

Projeto de Lei 7500/06 - Psicólogo na educ. básica

A Câmara estuda a obrigatoriedade da assistência psicológica a educadores e alunos da educação básica, prevista no Projeto de Lei 7500/06. De autoria da deputada Professora Raquel Teixeira (PSDB-GO), a proposta prevê que os sistemas de ensino regulamentarão a implementação da medida, especialmente no que diz respeito às relações referentes ao número de alunos por psicólogo e ao número de estabelecimentos de ensino por psicólogo, nas respectivas redes de ensino.Os sistemas de ensino terão o prazo de cinco anos para implementar a assistência, depois da aprovação da lei. Segundo a autora, a assistência psicológica é indispensável para promover a melhor compreensão do processo educativo e facilitar as condições para seu desenvolvimento.A deputada afirma que o acompanhamento psicológico também pode dar suporte para o enfrentamento das dificuldades oriundas do próprio espaço escolar e do ambiente familiar e do contexto de vida dos alunos.TramitaçãoO projeto segue para análise em caráter conclusivo pelas comissões de Educação e Cultura; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.Fonte: Agência CâmaraO Projeto de Lei 7500/06 já foi votado ano passado, não teve o número mínimo de votos e por isso foi arquivado. Mas a autora, a deputada Professora Raquel Teixeira (PSDB-GO), já pediu o desarquivamento e ele será votado novamente. Mandem emails para seus deputados federais pedindo que votem a favor!!! Abaixo mais algumas informações sobre o PL e também o link para consulta de acompanhamento:

http://www.camara.gov.br/Sileg/Prop_Detalhe.asp?id=334450

A busca pelo super-profissional

A busca pelo super-profissional

Mercado, exigente, reclama de falta de talento. Drible esse cenário!

Entra ano, sai ano, e os exercícios de futurismo se repetem. Qual será a profissão de destaque no ano que começa? Quais carreiras ficam em baixa? Quais são as novas atribuições que dão charme ao currículo? Devo aprender mandarim? É válido emendar um MBA (Master in Business Administration) logo após concluir a universidade? Independente se o profissional é da area de engenharia, publicidade e propaganda ou administração de empresas, um fato é certo: 2007 intensificará uma tendência que ganhou força nos ultimos anos e que, segundo especialistas consultados pelo Universia, acabou por dar uma nova dimensão ao mercado de trabalho. É a era do super-profissional. "Entramos no tempo do 'faça você mesmo'. As empresas esqueceram, na última década, de investir em seus departamentos de RH (Recursos Humanos) e os profissionais saíram a campo atrás de especializações, pós-graduações e MBA por conta própria, sem planejamento de carreira. Esse cenário alterou a lógica do mercado. O detalhe é que o mercado corporativo comprou a idéia e criou-se uma demanda difícil de ser atendida", explica Vera Módulo, gerente da unidade de recrutamento da Gelre, organização especializada em recolocação profissional.A constatação vai de encontro a uma realidade atual do mercado, e que dará a tônica também no ano que começou: em que pesem os problemas macroeconômicos do País, as dificuldades naturais de se arrumar ou trocar de emprego e um mercado ainda muito arrochado, as empresas continuarão reclamando da dificuldade constante em se conseguir completar suas vagas, por falta de mão-de-obra, se não especializada, que atenda a todas as suas necessidades. "O profissional tem de se lembrar que as empresas não avaliarão mais apenas o currículo e o diploma, mas o que eles fazem e são capazes de produzir", salienta Sami Boulos, consultor de carreiras do Career Center.A máxima atual mostra que tão difícil quanto encontrar um bom trabalho tem sido encontrar um bom profissional. Pesquisa realizada em 26 países pela consultoria internacional de Recursos Humanos Manpower mostra que dos 32 mil empregadores entrevistados, mais de 25% afirmaram encontrar grandes dificuldades com a escassez de profissionais qualificados. Esta nova tendência tem duas explicações, segundo o levantamento: as empresas estão cada vez mais exigentes no recrutamento para todos os níveis hierárquicos, e, ao mesmo tempo, os profissionais mais qualificados são cada vez mais assediados pelas corporações.Essa dificuldade em preencher as vagas não é exclusividade apenas dos profissionais com bom tempo de mercado. Mesmo para estudantes ou trabalhadores em início de carreira isso é realidade. Haja vista o último programa de trainee aberto pela multinacional Ambev. Sem um número definido de vagas, foram nada menos do que 26 mil inscritos, estudantes de diversas áreas, que tiveram de atender a exigências de gente grande: inglês fluente e bons conhecimentos de espanhol, disponibilidade para viagens e mudança de cidade ou país, habilidade para negociações e desenvoltura para lidar com o imprevisto. No total, 31 pessoas foram selecionadas, o que dá uma relação candidato-vaga superior a 800 pessoas, quase dez vezes maior que Publicidade e Propaganda, o curso mais disputado da Fuvest. "Naturalmente, nem todos os candidatos que se inscrevem no programa de trainee da Ambev preenchem os requisitos desejados", expõe a gerente de recrutamento e seleção da empresa, Elisabeth Furiati.Um lugar ao sol.

PLANO DE CARREIRA
Montar um plano de carreira ainda na universidade pode ajudar no sucesso profissional. Para Rijane Mont'Alverne, professora de Recursos Humanos da Fundação Dom Cabral, um plano de carreira significa um plano de ação. Há de se traçar objetivos e montar estratégias para isso, com datas e propósitos. "O jovem tem de ser perguntar o que quer, quando quer e porque quer e revisar seus objetivos todos os anos. Planejar dá norte e reduz os desvios de caminho", diz. Ela completa: "a palavra de ordem é estar sempre disposto a aprender, seja em sala de aula, em grupos de trabalho ou a viagens ao exterior", resume.A docente também sugere um prazo de aproximadamente três anos para que o profissional escolha um MBA ou uma pós-graduação. "Esse tempo serve para o profissional se dar conta de que aquela é a profissão que ele deseja seguir pelos próximos anos", explica. Ao mesmo tempo, diz que as escolhas dos programas de trainee devem ser feitas de maneira mais criteriosa, estudando a organização e seus valores, e vendo se eles são compatíveis com seus interesses de vida e carreira. "Temos visto um cenário onde os jovens têm pouca escolha: se inscrevem em todos os programas de trainee e, onde passam, ficam". Ela diz que é comum atender alunos que estão há mais de quatro ou cinco anos em empresas que não se identificam (ou com a função ou com a organização), infelizes, mas que não conseguem mais trocar de área. Para ela, exemplo maior de falta de planejamento de carreira não existe.Vera Módulo, da Gelre ratifica a opinião. Para ela, o ideal é encarar três ou quatro anos de mercado antes de se decidir por uma pós-graduação ou um curso de MBA. "O recém-saído da faculdade muitas vezes não tem maturidade o suficiente e continuar os estudos leva ao risco de exaustão. Muitas vezes, as pessoas usam a pós para agüentar os momentos de ansiedade por causa do emprego", diz. Mas há exceções: "para cursos como Direito ou para quem deseja encarar a vida acadêmica, que precisa de especialização e atualização constante, tem-se que estudar a vida inteira".

UM LUGAR AO SOL
Esse beco aparentemente sem saída leva a dois questionamentos: a culpa é da falta de preparo dos profissionais ou do excesso de exigência das empresas? Segundos especialistas da área, o mercado atual é um misto desses dois fatores. Mas, ao mesmo tempo, é consenso que o perfil que o mercado procura é o de um super-homem. "Ele (o profissional) tem de ter competência, experiência, técnica apurada, bom relacionamento, atualização constante e ser um estrategista. Mesmo que o grau de compêtencia cobrado seja maior até do que o exigido pela vaga", constata o professor titular do Departamento de Administração da FEA/USP (Faculdade de Economia Aplicada da Universidade de São Paulo), Lindolfo Galvão de Albuquerque.O cenário para a busca de um emprego em 2007 (e nos próximos anos), nessas condições, parece nebuloso, mas especialistas acreditam que ele pode ser muito mais ameno do que aparenta. E tudo dependerá, basicamente, do esforço do próprio candidato. Para isso, duas dicas simples podem fazer toda a diferença: faça um estratégico plano de carreira (veja mais no quadro acima) e invista em você constantemente. Como todo bom super-homem que se preze, a mobilidade é uma das palavras de ordem do mercado em 2007. "O mundo passa por transformações que não têm volta. O Brasil também está sendo atingido e sofrerá mudanças, sobretudo no mercado de trabalho e nas relações trabalhistas. Nesse processo chamado globalização, as oportunidades surgirão da internacionalização, não apenas das corporações, mas também do profissional. Conhecer outras línguas e culturas será fundamental", resume Albuquerque, da FEA/USP.Rijane Mont'Alverne, especialista de Recursos Humanos da Fundação Dom Cabral, de Minas Gerais, sintetiza bem o perfil de profissional que as empresas buscam. "O mercado continuará atrás de profissionais com boa formação, flexibilidade e mobilidade em todos os aspectos. Seja para mudar de área, de cidade e com alto grau de adaptabilidade. Além disso, é interessante notar que atualmente exige-se grande resistência a frustrações, um alto grau de inteligência emocional", resume. A especialista também frisa a questão da mobilidade, em um período em que as fusões e aquisições estão em alta no mundo todo e as trocas de comando, função ou mesmo localidade tornam-se uma constante na vida do empregado. Daí a importância da leitura e de cursos constantes para aprimorar suas competências. "A atualização profissional é peça-chave nos dias de hoje", salienta Rijane. A questão da língua, apesar de soar como uma dica batida, é considerada vital pelos entrevistados. "Falar mais de uma lingua estrangeira é importante, mas o que se vê atualmente é que os profissionais investem em espanhol, francês e até mandarim apenas para ilustrar o currículo, quando o inglês, ainda a língua mais importante, é falada de modo macarrônico", brinca Rijane. Parece mentira, mas um bom português pode ser o diferencial na hora de conseguir um emprego. "O maior índice de rejeição dos programas de trainee com os quais trabalhamos se dá pelos erros absurdos da Língua Portuguesa", diz Sami Boulos.A docente Rijane Mont'Alverne recomenda: "além de falar uma ou duas línguas estrangeiras fluentemente, o mercado quer um profissional com traquejo, de preferência que tenha vivido ou tenha no currículo uma vivência no exterior. Isso denota capacidade maior de conviver com as adversidades. Experiências no estrangeiro expõem as pessoas a situações adversas, outros valores, pessoas e culturas. Isso é muito importante e um diferencial no momento de conquistar uma vaga", conta. Para ela, com um mercado cada vez mais exigente, também não é possível ficar um período de cinco anos sem estudar. "É preciso atualização, especialização e treinamento específicos constantes dentro de sua área de atuação. É preciso estar preparado para as atividades que virão", diz.

OS DESTAQUES DE 2007

OS DESTAQUES DE 2007
O ano mal começou e especialistas já apontam a lista dos profissionais que devem estar entre os mais procurados para 2007. Assim como nos últimos anos, as áreas ligadas à administração e negócios são as que têm maior demanda. Conforme Vera Módulo, gerente da unidade de recrutamento da Gelre, organização especializada em recolocação profissional, a menina-dos-olhos em 2007 será a área de construção civil, que, nas palavras da própria especialista, "registrou um aquecimento absurdo" no último ano. E se engana quem pensa que o segmento é propício apenas para profissionais de engenharia civil. Há oportunidades para administradores, arquitetos, designers de interiores e até profissionais ligados a vendas.Para Sami Boulos, consultor de carreiras do Career Center, 2006 foi excelente para quem buscava uma nova posição no mercado. "Mas houve mais mudança de cadeiras do que novas vagas surgindo", resume, antecipando que o cenário será relativamente igual em 2007. Ele explica que aconteceram mudanças profundas em áreas como a farmacêutica e a financeira, com muitas fusões e aquisições. "Apesar do medo de cortes, no fundo surgem oportunidades internas nessas situações", diz Boulos. Ele conta que, de janeiro a setembro de 2006, houve 48% mais vagas nas empresas em relação ao mesmo período do ano passado.Outras áreas que devem continuar abrindo vagas e oportunidades são as de Teconologia da Informação e telecomunicações, sobretudo com um cenário que indica consolidação do mercado por meio de fusões e aquisições. A área de segurança também estará aquecida, com oportunidades para profissionais especializados em logística e rastreamento de cargas, prevenção de perdas e novas soluções tecnológicas.

http://www.universia.com.br/materia/materia.jsp?materia=12987

Mercado para doutores

Mercado para doutores

Saiba como está o mercado de trabalho para pesquisadores brasileiros
Publicado em 08/02/2007

A taxas anuais de 12%, o Brasil tem visto crescer o número de doutores titulados. Para se ter uma idéia, apenas em 2006, 10 mil acadêmicos completaram o doutorado. No entanto, o número, que parece atender satisfatoriamente a necessidade da nação, não agrada plenamente ao governo e à própria academia. Especialistas reconhecem que, para promover o desenvolvimento do País, é preciso ainda mais. Para a Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior), é preciso alcançar, em médio prazo, uma meta de 16 mil títulos concedidos por ano.
O que ocorre é que, se pensarmos em iniciativas efetivas de desenvolvimento no País, ainda apresentamos um déficit, se comparado ao perfil de outras nações. "Na verdade, a proporção entre o número de doutores titulados e a população é muito baixa, inclusive, com relação ao PNB (Produto Nacional Bruto). Além disso, o índice de pesquisadores com tal titulação é bastante inferior se comparado a países em estágio de desenvolvimento similar", diz o presidente da Capes, Jorge Guimarães. "Desta forma, 10 mil é uma realidade modesta para os desafios do Brasil."

Ao contrário do que aconteceu em governos anteriores, o governo Lula investiu na expansão das universidades federais. Com isso, tais instituições passaram a absorver mais doutores em seus quadros de funcionários. Com o tempo, a academia passou a concentrar grande parte desta mão-de-obra e, na opinião de especialistas, oferece, hoje, as melhores oportunidades para profissionais com tal qualificação. "Desde 2004, o MEC (Ministério da Educação) já abriu nove mil vagas só nas federais", ressalta Guimarães.
O presidente da Capes reforça que mesmo com o crescimento anual de doutores, na academia - em especial nas universidades federais, ainda existem áreas, principalmente as relacionadas à Licenciatura, com déficit desta mão-de-obra. "A UFABC (Universidade Federal do ABC) - mais nova universidade federal do País -, abriu mais de 500 concursos públicos no ano passado e algumas áreas, inclusive, não foram preenchidas por falta de candidatos. As vagas para Matemática tiveram que ser preenchidas por profissionais de Física", afirma Guimarães. "É claro que em já há excessos em alguns setores, mas nenhum deles atingiu um ponto de saturação. Ainda há mais demanda do que profissionais", assegura.
Pesquisadores, no entanto, reclamam da deficiência no processo de absorção dos doutores no meio acadêmico. Há mais de três meses, a recém-doutora em climatologia pela Unesp (Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho), Juliana Ramalho Barros, 32 anos, espera pela abertura de concursos públicos que contemplem o seu perfil. "Atualmente, para me sustentar, dou aula em uma faculdade particular e trabalho como pesquisadora associada na UnB (Universidade de Brasília). Ou seja, para seguir com a pesquisa, que é o que gosto, tenho que me submeter a trabalhos voluntários ", conta. "E esse não é um problema de exclusividade minha. Muitos outros pesquisadores estão na mesma situação", diz.
Para o Ph.D em Economia pela Universidade de Southampton, na Inglaterra, Wilson Luiz Rotatori Correia, de 34 anos, a má distribuição dos doutores pelo território é outro complicador. "Há, sim, a possibilidade de vagas. O problema é que a maioria dos jovens recém-titulados quer permanecer no Sudeste ou do Sul do País, onde a concentração de mão-de-obra qualificada é maior. Sou de Minas Gerais e tenho consciência de que tive muita sorte de conseguir uma vaga aqui mesmo", confessa Correia, pesquisador e professor da UFJS (Universidade Federal de São João Del-Rei). Em sua opinião, deveria haver incentivos para que regiões como Norte, Nordeste e Centro-Oeste, carentes de profissionais titulados, pudessem atrair os doutores.
Fora da academia
Grande parte dos doutores brasileiros segue, sim, para o meio acadêmico. No entanto, essa não é a única alternativa para quem quer seguir carreira como pesquisador. Segundo o presidente do CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico), Erney Camargo, uma das opções é a atuação sem vínculo empregatício, por meio de programas de bolsas de pós-doutorado e desenvolvimento científico oferecidas pelo próprio Conselho, pela Capes e outras fundações estaduais. "Trata-se de uma alternativa que tem auxiliado muitos pesquisadores a darem continuidade a seus trabalhos", explica.
Foi este o caminho escolhido pelo doutor em Farmacologia pela Unesp, Daniel Barbosa Queiróz, 30 anos. "Poderia, sim, ter terminado o doutorado e seguido para o mercado. Mas decidi continuar com a pesquisa, sendo bolsista de pós-doutorado, o que não deixa de ser um trabalho, já que recebo para isso", conta. Como a vaga é provisória, Queiróz já faz planos para o futuro. "As oportunidades no meio acadêmico são sazonais, por isso pretendo partir para a iniciativa privada, que acredito ser financeiramente mais rentável."
Pensando no desenvolvimento do País, que fundamentalmente depende de inovação e de investimentos pesados em P&D, é justamente na indústria que, na opinião de especialistas, deveriam estar as melhores oportunidades para os doutores. "O investimento da indústria neste tipo de mão-de-obra já acontece no Brasil, mas está muito aquém de nossas reais necessidades", afirma o diretor científico da Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo), Carlos Henrique de Brito Cruz.
E não é preciso ir muito longe para entender porque a presença de pesquisadores no mundo empresarial pode trazer ganhos não só do ponto de vista científico, mas também, econômico. Hoje, o Brasil é o maior exportador de suco de laranja do mundo. No entanto, ainda precisamos importar ácido cítrico, um dos principais componentes para sua produção. Enquanto gastamos com importação, poderíamos investir em mão-de-obra qualificada e tecnologia para suprir tal carência. "O pesquisador não tem veia empreendedora e muito menos dinheiro para criar seus próprios negócios. Daí a importância da indústria perceber nossos gargalos e investir para deixarmos para trás uma relação de dependência internacional", diz Guimarães. Na opinião do presidente, outros setores que também têm enorme potencial do ponto de vista científico e tecnológico para absorver mão-de-obra qualificada na indústria são: Biotecnologia, Gás e Petróleo, Botânica, Zoologia, Tecnologia de Alimentos e Computação.
Na opinião de Correia, pesquisador da UFJS, em curto prazo, uma boa alternativa seria estimular as parcerias entre universidade-empresa, a fim de aproximar a indústria da realidade dos pesquisadores e despertar seu interesse pelos investimentos em P&D. O diretor da Fapesp, por sua vez, acredita que apesar de útil, tal medida não é suficiente e lembra a importância de ações do governo em prol do interesse da indústria pela pesquisa e o desenvolvimento. "É essencial intensificar a atividade de P&D em empresas brasileiras e para isso é preciso maior apoio por parte do governo", destaca Brito.
Atento a esta questão, Guimarães defende que o governo vem criando políticas públicas para que a indústria perceba a necessidade e o benefício que é investir em inovação. Segundo ele, já estão sendo desenvolvidas ações de apoio para que o seguimento empresarial atraia profissionais qualificados para que, conseqüentemente, haja mais opções de trabalho para os pesquisadores. Como exemplo, ele cita a criação da PITCE (Política Industrial, Tecnológica e de Comércio Exterior), a Lei de Inovação e, ainda, os auxílios oferecidos pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) e pela Finep (Financiadora de Estudos e Projetos). "Empresas e doutores podem e devem trabalhar juntos para a criação de novos produtos e para a capacitação na concorrência do mercado internacional", conclui Guimarães.

http://www.universia.com.br/materia/materia.jsp?materia=13250

Faculdades investem em curso de gestão de negócios em surfe


 

Faculdades investem em curso de gestão de negócios em surfe

Publicada em 16/01/2007  - Shaulla Figueira - O Globo Online

RIO - Se você acha que surfe é coisa de quem não estuda, reveja seus conceitos. As faculdades Estácio de Sá, no Rio e a Univali, em São José, Santa Catarina, estão lançando cursos de graduação de gestão de surfe para quem tem interesse em se tornar um empreendedor do esporte.

Segundo Alexandre Moraes, coordenador do curso superior de tecnologia em gestão de negócios do surfe da Univalli, o objetivo da graduação é cobrir a carência de profissionais preparados para gerenciar empresas desse segmento.

Desde os anos 80, quando o esporte virou profissão, o mercado voltado para o surfe não pára de crescer. A indústria movimenta cerca de U$ 1 bilhão por ano.

Clique aqui e confira a história do esporte no Brasil.

- A partir desta demanda crescente, verificamos que o mercado precisa de pessoas especializadas para administrá-lo - enfatiza Alexandre.

O que não falta é campo de atuação na área: escolas de surfe, empresas de surfware, material esportivo e academias, produtoras de eventos, fábricas de pranchas de surfe, assessoria de imprensa de desportistas, etc.

- Queremos que a indústria se torne cada vez mais competitiva e organizada - explica.

O vasto leque de oportunidades foi o que levou o fotógrafo Daniel Marquesini a se interessar pelo curso. Ele, que surfa há 20 anos, tem um site de fotografias especializado no assunto.

- Acho que o curso vai ajudar a melhorar a minha empresa e vai me dar um novo olhar na hora de administrá-la - afirma o fotógrafo.

Rico de Souza, ídolo e precursor do esporte nos anos 70, empresário e um dos coordenadores do curso de gestão de negócio da universidade Estácio de Sá, destaca que as pessoas vão entrar no mercado com vantagens. Ele, ao contrário, teve que vencer no ramo pelo feeling.

- Na minha época não existia esse tipo de orientação. Nosso segmento é flutuante, eu tinha que atuar de acordo com a necessidade do mercado. Nos anos 70, abracei a fabricação de prancha. Em 80, veio a concorrência e entrei na fabricação de roupas. Nos anos 90, com a chegada das marcas estrangeiras no país, fui para o setor de serviços - lembra.

Os cursos, que são reconhecidos pelo Ministério da Educação (MEC), terão a duração de dois anos e meio e serão ministrados por profissionais da área de administração e gestão, e ligados ao surfe.

 

Saber surfar não é pré-requisito para fazer os cursos

Calma, se você está louco para fazer a graduação, mas não tem a mínima noção de como se pega uma onda, fique tranqüilo. Não é preciso ser surfista para fazer os cursos.

- Qualquer leigo no assunto pode fazer o curso. Ele não tem o objetivo de ensinar a pessoa surfar. Por isso, durante as aulas, os estudantes aprenderão tudo sobre o universo do esporte: termologia, nomenclatura das manobras, como funcionam os circuitos, etc - explica Maurício Serra, um dos professores do curso da Univalli.

Tanto na Univalli, quanto na Estácio de Sá, haverá aulas em laboratórios, viagens técnicas para realização de estudos em empresas de mídia, em fábricas de equipamentos e em produção de circuitos. A praia também se transformará em sala de aula.

- Na Estácio, os alunos visitarão a minha escola, vão simular a criação da sua própria empresa, a organização de uma escola de surfe e como se produz um grande evento - conta Rico de Sousa.

Já na Univali, os estudantes farão duas viagens com despesas já inclúdas na mensalidade. Uma para São Paulo, onde visitarão veículos de comunicação especializados no assunto, e outra ao Rio, onde participarão da produção da etapa de um campeonato.

- Os alunos aprenderão como conseguir patrocinadores, como é feita a divisão de categorias, critério de notas, vão observar os juízes e dar notas nas competições - esclarece Professor Michael Shpielman, diretor acadêmico do politécnico da Estácio de Sá.

História do surfe, organização de eventos, oceanografia, mídias ligadas ao esporte, surfe gênero (o esporte trabalhado em várias faixas etárias) fazem parte do conteúdo programático das instituições. Veja as disciplinas abordadas na Estácio de Sá e na Univali. 

 

FONTE:

http://oglobo.globo.com/educacao/mat/2007/01/15/287423949.asp 

VENDAS PELA INTERNET SUSTENTAM 25 MIL LATINO-AMERICANOS


 

 VENDAS PELA INTERNET SUSTENTAM 25 MIL LATINO-AMERICANOS

Mais de 25 mil pessoas na América Latina obtêm toda ou a maior parte de sua renda por vendas realizadas através da internet. Ao longo de 2006 foram feitas mais de 13,8 milhões de transações através do site "Mercado Livre", movimentando US$ 1,1 bilhão, sem incluir as categorias de imóveis, serviços, carros, motos e outros. Líder no setor na América Latina e sócia exclusiva da multinacional eBay, o Mercado Livre ampliou seu mercado de trabalho de nove para 12 países, incorporando Panamá, Costa Rica e República Dominicana. Em 2006 a comunidade de usuários superou os 18 milhões de internautas latino-americanos. Os números da empresa incluem mais de um milhão de artigos à venda, mais de 800 mil compradores e 270 mil vendedores mensais, além de 1,4 milhão de transações por mês.

 

fonte -> http://www.videversus.com.br/default.asp?idcoluna=637#NOT12705