Nas instituições públicas, números da evasão são menores


 

Nas instituições públicas, números da evasão são menores

da Folha de S.Paulo - 18/10/2005

Mesmo menor do que nas instituições particulares, a taxa de evasão das universidades públicas é, de longe, alarmante. Os índices de abandono de cursos no Estado de São Paulo variaram, de 2000 a 2003, de 9,1% a 13,3% do total dos alunos matriculados, de acordo com dados do MEC (Ministério da Educação).

Na USP, em 2004, 7,2% dos estudantes abandonaram seus cursos. Foi o maior índice desde 1999, quando 7,6% dos alunos haviam deixado a faculdade.

Para as universidades públicas, contabilizar o número de alunos que deixam a graduação é sempre um problema. Muitos dos que se desinteressam não chegam a trancar a matrícula. Outros trancam, mas depois voltam e completam a graduação em mais tempo do que o mínimo previsto.

O Naeg (Núcleo de Apoio aos Estudos de Graduação) da USP realizou um estudo com 27.789 alunos ingressantes na graduação de 1995 a 1998. A pesquisa, divulgada no ano passado, mostrou que, em média, 25% dos estudantes abandonaram o curso --a maioria no primeiro semestre. O maior índice de desligamento foi nas áreas de humanas (33%) e de exatas (25%), mas há cursos em que a evasão chega a 79%.

Na Unicamp, as porcentagens de evasão, segundo o anuário estatístico, diminuíram nos últimos anos de uma faixa de 7% dos alunos para cerca de 5%. Mesmo assim, o número absoluto é grande. Em 2004, dos 15.164 matriculados, 814 desistiram.

A Unesp ainda procura uma metodologia para calcular as desistências e não divulgou número oficial. A partir do ano que vem, a pró-reitoria de graduação da universidade vai fazer um levantamento para ter números da evasão atualizados.